A Estimulação Cerebral Profunda (ou DBS para deep brain stimulation, em inglês), emerge como o procedimento cirúrgico de maior eficácia no tratamento dos sintomas da doença de Parkinson. Quando devidamente indicada e executada, essa técnica proporciona resultados positivos para a maioria dos pacientes.
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) não oferece uma cura definitiva para a doença de Parkinson, nem impede sua progressão. No entanto, ela representa uma forma altamente eficaz de controlar os sintomas motores e devolver aos pacientes a autonomia, independência e qualidade de vida. Muitos indivíduos descrevem a sensação de “renascer” devido à rápida e duradoura melhora dos sintomas nas semanas após a cirurgia. Ao contrário da medicação, que pode variar de acordo com horários, doses e até mesmo a alimentação do paciente, a modificação dos sintomas proporcionada pela DBS é consistente ao longo do dia. Um resumo do funcionamento do procedimento, quem são os candidatos ideais e todos os benefícios associados a ele, serão explanados aqui.
A técnica de estimulação cerebral profunda (DBS) se utiliza de diminutas estimulações elétrica para tratar condições neurológicas como a doença de Parkinson (DP), tremor essencial, distonia, esclerose múltipla entre outras doenças. O DBS é aplicado para tratar principalmente distúrbios do movimento, como tremores, rigidez, dificuldade para andar e lentidão de movimento (bradicinesia). Embora não cure essas doenças, o DBS pode aliviar os sintomas e reduzir a quantidade de medicamentos necessários
A maioria dos pacientes de Parkinson pode fazer a cirurgia, porém nem todos necessitam dela. É importante que seja feita uma triagem pelo especialista para ver quem realmente se beneficia do procedimento. Há um período na vida do parkinsoniano em que ele responde melhor ao procedimento cirúrgico. Este período normalmente se inicia cinco anos após o início dos primeiros sintomas, quando o paciente já apresenta necessidade de doses maiores da medicação ou mesmo perda do efeito antes observado. Ou seja, quando se encurta o efeito dos remédios ou quando o mesmo induz movimentos involuntários, chamados de discinesias. Este quadro leva o paciente a associar diversas medicações e exige numerosas doses ao longo do dia. Cada pessoa pode apresentar sintomas ou diferentes necessidades assim a cirurgia ajuda muito potencializando o efeito das medicações, reduzindo assim em muito as doses e o número das medicações necessárias ao tratamento dos sintomas. Em momentos como este é que a cirurgia é mais indicada.
Embora a estimulação cerebral profunda seja um procedimento altamente seguro, trata-se de uma intervenção complexa que requer a habilidade especializada de um neurocirurgião experimentado