EDIÇÃO 48

Radioablação de nódulos de tireoide

A radioablação de nódulos de tireoide é um procedimento seguro e eficaz, com uma taxa de sucesso de aproximadamente 90%. Durante a radioablação, as ondas de radiofrequência são utilizadas para destruir o nódulo de tireoide, reduzindo seu tamanho e aliviando os sintomas associados.

A tireoide é uma glândula, situada na base do pescoço, com formato de borboleta, encontra-se posicionada atrás da cartilagem cricoide. Ela é formada por dois lobos unidos por um istmo, desempenhando um papel crucial na geração de hormônios fundamentais ao metabolismo.

Na sua essência, esta glândula é constituída por folículos, os quais são revestidos por células epiteliais encarregadas da produção de hormônios tireoidianos, conhecidos como triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Tais hormônios são vitais para o controle de inúmeras funções vitais, incluindo o metabolismo, ritmo cardíaco e regulação da temperatura corporal.

Nódulos tireoideanos são formações sólidas ou císticas que se desenvolvem na glândula tireoide.  Podem variar em tamanho, sendo alguns tão pequenos que apenas podem ser detectados por exames de imagem, enquanto outros podem ser palpáveis ou até visíveis a olho nu.

A maioria dos nódulos tireoideanos é benigna e não representa um risco à saúde. Contudo, uma pequena porcentagem pode ser maligna, o que requer avaliação médica para um diagnóstico correto e tratamento adequado. Os nódulos benignos podem ser assintomáticos ou causar sintomas devido ao seu tamanho ou à produção excessiva de hormônios tireoidianos, conhecida como tireotoxicose.

Detecção e investigação dos nódulos da tireoide:

Exame Físico: Palpação cuidadosa da glândula tireoide realizada pelo médico para detectar a presença de nódulos, sua localização, tamanho e mobilidade.

Ultrassonografia: Exame de imagem que permite avaliar as características do nódulo, como tamanho, textura, vascularização e limites.

Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAAF): Coleta de células do nódulo para análise microscópica, auxiliando na classificação do tipo de nódulo.

A radioablação é um procedimento minimamente invasivo usado para tratar nódulos tireoidianos selecionados. Neste tratamento, uma agulha é inserida no nódulo e a energia de radiofrequência é aplicada, fazendo com que as células do nódulo sejam destruídas de forma segura e controlada.

A radioablação de nódulos tireoidianos configura-se como um método seguro e eficiente, apresentando uma eficácia na faixa dos 90%. Nesse procedimento, ondas de radiofrequência são empregadas com o intuito de eliminar o nódulo tireoidiano, o que resulta na diminuição do seu volume e, consequentemente, no alívio dos sintomas associados.

A radioablação pode ser usada nas seguintes situações:

Nódulos autônomos: Pacientes com nódulos de tireoide clinicamente significativos e que produzem hormônios em excesso, podendo causar hipertireoidismo.

Recusa da cirurgia: Pacientes que rejeitam a cirurgia para remoção do nódulo devido aos riscos ou por preferência pessoal.

Contraindicações cirúrgicas: Pacientes com complicações médicas que os impeçam de serem submetidos à cirurgia ou que apresentem alto risco cirúrgico.

Nódulos recorrentes: Pacientes com histórico de nódulos tireoidianos recidivantes após cirurgia prévia.

Antes da radioablação, é feito um planejamento cuidadoso com exames de imagem e dosimetria para determinar a melhor abordagem e a quantidade ideal de radiação a ser aplicada.

O procedimento é realizado com o auxílio de imagens guiadas por ultrassom, permitindo um acesso preciso e minimamente invasivo ao nódulo alvo.

Após o tratamento, é necessário um acompanhamento regular para verificar a evolução da glândula e identificar possíveis complicações. O paciente será submetido a exames de imagem, como ultrassonografia e cintilografia da tireoide, além de testes de função tireoideana.

Esse acompanhamento permite avaliar a redução do tamanho do nódulo e a eventual necessidade de um novo procedimento de radioablação. É importante ressaltar que mesmo após a radioablação, a tireoide continuará a funcionar normalmente, produzindo os hormônios necessários para o bom funcionamento do organismo.

O tratamento por radioablação é eficaz e está disponível em nossa prática clínica.

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